O que Acontece

Pesquisa SindHosp constata que 93% dos hospitais não registraram aumento de internações por Covid-19

59% dos hospitais ainda relatam problemas no atendimento por afastamento de pessoal por problemas de saúde

Pesquisa de número 16 realizada pelo SindHosp-Sindicato dos Hospitais, Clínicas e Laboratórios do Estado de São Paulo, com 74 hospitais privados respondentes, demonstra que a pressão por internação diminuiu consideravelmente nos últimos dez dias: 93 % dos hospitais informam que não houve aumento de internações de pacientes com Covid-19 nos últimos 10 dias. Do total de 74 hospitais ouvidos, 26% são da capital e 74% do interior e somam 2.818 leitos de UTI e 6.254 leitos clínicos dedicados ao atendimento
Covid.

Ocupação de leitos de UTI
O número de hospitais com taxa de ocupação de UTI para Covid-19 acima de 80% caiu. Na pesquisa de número 15 (28/6 a 02/07) eram 62%, sendo que no levantamento atual apenas 12% relatam ocupação superior a 80%. Mais da metade; ou seja, 61% dos hospitais informam ocupação entre 71% a 80% nas UTIs Covid. Em números absolutos, 34 hospitais responderam que do total de 461 leitos disponíveis de UTI, 331 encontram-se ocupados, correspondendo a 72% de ocupação de leitos de UTI para Covid-19.

Ocupação de leitos clínicos
A ocupação de leitos clínicos acima de 80% caiu drasticamente. Apenas 6% dos hospitais relatam ocupação de leitos clínicos acima de 80%, enquanto na pesquisa anterior 56% informavam ocupação acima de 80%. Hoje 61% dos hospitais relatam ocupação entre 71% e 80% de leitos clínicos. 

Segundo o médico Fransciso Balestrin, presidente do SindHosp, a pressão por atendimento Covid diminuiu nos hospitais privados e, simultaneamente, caiu o cancelamento de cirurgias eletivas. “Hoje 27% dos hospitais relatam corte de até 50% das cirurgias eletivas, sendo que na pesquisa anterior, realizada há 15 dias, eram 68% dos hospitais que informavam cancelamento de até 50% das mesmas. Esse dado pode indicar que está havendo um movimento de retomada dos atendimentos não Covid nos hospitais. Resultado, sem dúvida, do avanço da vacinação”, destaca Balestrin.

Para Yussif Ali mere Jr., presidente da Fehoesp-Federação dos Hospitais, Clínicas e Laboratórios do Estado de São Paulo e SindRibeirão, o sindicato da categoria em Ribeirão Preto e Região, “a vulnerabilidade dos sistemas de saúde para eventos maiores e mais complexos foi mais exposta neste momento, mas já vinha pressionando os hospitais e todo o sistema de saúde”. Segundo ele, “com o adiamento de tratamentos, cirurgias e mesmo consultas, o agravamento das doenças será mais um peso e ainda não se sabe o preço que a sociedade brasileira e o sistema de saúde pagarão pelo descaso com que foi tratada a pandemia pelos diversos governos, mas principalmente pelo Governo Federal e Ministério da Saúde”.

Aumento de preço dos medicamentos
63% dos hospitais informam que não houve aumento de preço dos medicamentos nos últimos 10 dias enquanto na pesquisa anterior 60% relatavam aumento.

Problemas no enfrentamento à Covid
O afastamento de colaboradores por problemas de saúde continua sendo o maior entrave ao atendimento de paciente Covid para 59% dos hospitais enquanto na pesquisa anterior eram 46% dos hospitais que tinham essa queixa.

Estoque de medicamentos

  • 29% dos hospitais têm estoque para 10 dias
  • 9% dos hospitais têm estoque para 15 dias
  • 38% dos hospitais têm estoque para até 1 mês
  • 15% dos hospitais têm estoque para mais de 1 mês

Estoque de O2

  • 28% dos hospitais têm estoque para 15 dias
  • 43% dos hospitais têm estoque para até 1 mês
  • 12% dos hospitais têm estoque para mais de 1 mês

Faixa etária dos pacientes

  • 71% dos pacientes clínicos têm entre 41 a 50 anos
  • 48% dos pacientes de UTI têm entre 51 a 60 anos

Tempo médio de internação

  • 66% dos pacientes clínicos ficam internados de 8 a 14 dias
  • 62% dos pacientes de UTI ficam internados de 15 a 21 dias

    *O SindHosp é o maior e mais antigo sindicato de saúde da América Latina
    com 55 mil serviços de saúde e fundado em 1.938.

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