Pensamento Nacional das Bases Empresariais marcará presença no
lançamento da ação em Brasília
O PNBE-Pensamento Nacional das Bases Empresariais, entidade empresarial de âmbito nacional, não corporativa, apartidária e plural, adere ao Pacto Nacional pelo Combate às Desigualdades. O enfrentamento às desigualdades é o tema de trabalho da atual gestão da entidade para o biênio 2023/24.
O Pacto Nacional é um movimento da ABCD-Ação Brasileira de Combate às Desigualdades, fruto de consenso que já reúne várias organizações da sociedade civil e será lançado em Brasília, dia 30 de agosto, às 9h30, no Salão Nobre do Congresso Nacional.
“O país precisa de uma agenda de políticas de estado, pois é necessário haver continuidade para que os efeitos surjam, e isso não é possível no tempo de uma gestão”, defende o 2º coordenador geral do PNBE, Luis Villaça Meyer, presidente do Instituto Cordial. “Nós vivemos em uma sociedade desigual, o que equivale a várias sociedades ocupando o mesmo território – cada uma com suas necessidades e nem todas com oportunidades. É preciso avançar no combate às desigualdades, unindo as pessoas para que façam e se sintam parte de uma mesma sociedade capaz de oferecer mais oportunidades”.
O engenheiro, mestre e doutor em Administração, Paulo Roberto Feldmann, coordenador executivo do PNBE, ressalta que combater a desigualdade é incluir no mercado consumidor 60% da população brasileira que está do lado de fora. “Um dos temas que permeiam os debates nas últimas edições do Fórum de Davos é a queda do número de consumidores em várias economias. Esse debate precisa acontecer também no Brasil. Apenas 40% dos brasileiros têm condições de consumir; os demais subsistem”, diz o professor da FEA USP que defende política legítima de geração de empregos e outras medidas para distribuição mais equânime da renda no país. Ele lembra que enquanto o PIB coloca o Brasil entre as maiores economias do mundo, a desigualdade equipara o país às nações mais desiguais do planeta. Feldmann estará presente no lançamento do Pacto em Brasília.
O PNBE também defende a soma de esforços de governos e sociedade civil para fazer avançar a educação no Brasil no sentido de oferecer qualidade cada vez melhor, condições de permanência dos alunos na escola e sua inserção no mundo do trabalho, considerando que a educação é um pilar essencial do desenvolvimento econômico e social.
Em novembro, o PNBE apresenta os vencedores do Prêmio PNBE de Cidadania que reconhecerá ações que se destacam nos temas combate à desigualdade, desenvolvimento sustentável e educação. A premiação será concedida ao empresário/personalidade cidadã e empresa/entidade cidadã.
O PNBE aderiu à Rede ABCD, ao lado de organizações sindicais, de sustentabilidade, meio ambiente, educação, democracia, saúde e vários outros.
O evento de lançamento do Pacto Nacional pelo Combate às Desigualdades apresentará as primeiras ações práticas:
· Observatório Brasileiro das Desigualdades, incluindo diagnóstico da situação atual das desigualdades brasileiras a partir do levantamento de dados relativos a indicadores em 12 áreas, em parceria com o CEBRAP;
· Frente Parlamentar de Combate às Desigualdades, e suas primeiras propostas de PLs;
· Prêmio de Combate às Desigualdades para municípios que tiverem obtido os melhores resultados na redução de desigualdades.
· Lançamento de publicações com propostas concretas para municípios, empresas e sindicatos combaterem desigualdades.
· Apresentação de pesquisa do IPEC sobre percepções dos brasileiros sobre desigualdades e mapa das desigualdades entre capitais brasileiras.
Sobre o PNBE
Fundado em junho de 1987, o PNBE é formado por empresários e empreendedores de todos os portes e ramos da atividade econômica, que lutam pelo fortalecimento da cidadania e aprofundamento da democracia nas diversas instâncias da nação (governos da União, estados, municípios), pela ética na política e amplo exercício dos direitos da cidadania no Brasil e pelo desenvolvimento econômico com justiça social e preservação ambiental. O PNBE busca mobilizar a sociedade para construir um ambiente socialmente justo, economicamente forte e inclusivo, ambientalmente sustentável, democraticamente estável e eticamente respeitável, agindo dentro de um espaço democrático, apartidário, que apoia políticas públicas e projetos identificados com seus ideais, ao mesmo tempo em que combate os clientelistas, antiéticos, corporativos e ineficientes.