Por mais um ano, a AEAARP-Associação de Engenharia, Arquitetura e Agronomia de Ribeirão Preto esta entre as instituições que apoiam a campanha Janeiro Roxo-Todos contra a hanseníase, da SBH-Sociedade Brasileira de Hansenologia. A entidade já está iluminando a fachada na cor roxa. O presidente da AEAARP, Giulio Roberto Azevedo Prado, anunciou que manterá a iluminação até 31 de janeiro.
A fachada na rua João Penteado, nº 2.237, em Ribeirão Preto, ganha a iluminação à noitinha – a AEAARP apoia a campanha Todos contra a hanseníase desde 2015, quando foi lançada a ação nacional. Em 2016, o Ministério da Saúde oficializou a agenda Janeiro Roxo para ações de conscientização sobre a doença, que coloca o Brasil em segundo lugar no ranking mundial de casos diagnosticados – atrás apenas da Índia.
“É papel da sociedade civil abraçar causas ambientais, sociais, culturais ou educativas. Empresas e organizações têm estrutura para dar eco a ações que agregam valor à sociedade e é o que estamos fazendo na campanha Todos contra a hanseníase, junto com outras organizações em Ribeirão Preto e no país”, diz o presidente da AEAARP.
O presidente da SBH, Claudio Salgado, dermatologista e hansenólogo, ressalta que as manifestações por parte de organizações públicas e privadas dão significativa visibilidade ao tema e mostram quanto a sociedade civil pode contribuir com questões sociais.
Hanseníase
O Brasil vinha notificando cerca de 30 mil novos casos de hanseníase por ano antes da pandemia, quando houve uma queda no número de novos diagnósticos, mas a SBH estima que o número real de doentes no país seja 3 a 5 vezes maior que o oficial. “São milhares de doentes sem diagnóstico que seguem transmitindo a hanseníase para pessoas saudáveis ao mesmo tempo em que sofrem com o agravamento da doença. Por isso, é preciso empenhar esforços para orientar a população, aumentar os diagnósticos e quebrar a cadeia de transmissão do bacilo como fizeram os países que conseguiram o controle da doença e, para isso, a conscientização sobre sinais e sintomas e sobre o tratamento é urgente”, explica Salgado.
A hanseníase é uma doença infecciosa causada por um bacilo que afeta os nervos. Os sintomas costumam ser manchas avermelhadas e esbranquiçadas na pele, formigamentos, dores ou fisgadas no corpo e diminuição ou perda de sensibilidade em algumas partes. O diagnóstico da hanseníase é clínico, feito pelo médico mediante avaliação do conjunto de sinais e sintomas apresentados pelo paciente podendo ter exames adicionais.
A SBH alerta que a capacitação de profissionais de saúde sobre a hanseníase é essencial na luta contra a doença. “Quando os serviços de atenção básica à saúde estão capacitados, o número de diagnósticos aumenta, o que é positivo, porque colabora com o controle da transmissão do bacilo causador da hanseníase. Foi o que aconteceu em Ribeirão Preto, cidade que elevou o número de casos notificados garantindo a possibilidade de tratamento aos pacientes”, explica Claudio Salgado.
Em tratamento regular, o paciente deixa de transmitir a doença. Hanseníase tem cura e tratamento gratuito.