Texto Comunicação

Pesquisa mostra que mais de 90% dos hospitais paulistas não registram aumento de Síndrome Respiratória Aguda Grave

Yussif Ali Mere JR., presidente da Fehoesp

Yussif Ali Mere JR., presidente da Fehoesp

No entanto, outras doenças respiratórias ainda respondem  por 77% das internações hospitalares no estado

Pesquisa do SindHosp-Sindicato dos Hospitais, Clínicas e Laboratórios do Estado de São Paulo foi realizada no período de 3 a 11 de agosto e ouviu 79 hospitais privados paulistas, sendo 41 da Grande São Paulo (52%) e 38 do interior (48%). Objetivo do levantamento foi conhecer quais as doenças atualmente prevalentes nos hospitais privados paulistas, com foco na SRAG e pneumonia.

Questionados se o número de internações de pacientes por SRAG aumentou nos últimos 15 dias, 93% dos hospitais informaram que não houve aumento de internações de pacientes infantis e 96% deles relataram que não houve aumento de internação de pacientes adultos. Também no Pronto Atendimento (PA), 80% dos hospitais relataram aumento de atendimento de crianças em nível abaixo de 20% e 91% deles tiveram aumento de assistência de adultos também abaixo de 20%.

Segundo o médico Francisco Balestrin, presidente do SindHosp, os dados do levantamento indicam que as SRAGs diminuíram significativamente nos hospitais, dando lugar a outras doenças respiratórias típicas do inverno. “Importante é que a população continue seguindo o calendário de vacinação”, recomenda o médico.

Outra pergunta referiu-se ao aumento de pacientes SRAG que evoluíram para pneumonia com necessidade de internação. 94% dos hospitais relataram aumento desses casos em crianças em níveis abaixo de 20% enquanto 93% relataram aumento mas abaixo de 20% em adultos.

As doenças prevalentes nas internações hospitalares de adultos e crianças nesse momento, na maioria dos hospitais, referem-se a doenças crônicas (88%), outras doenças respiratórias que não SRAG (77%) e viroses em  geral (41%).

O médico Yussif Ali Mere Jr., presidente da Fehoesp-Federação dos Hospitais, Clínicas e Laboratórios do Estado de São Paulo, explica que as doenças respiratórias podem ocorrer por agentes externos – infecção por vírus ou bactérias, poluição, produtos químicos – ou a criança pode nascer cm uma doença respiratória crônica. São doenças que podem ter tratamentos simples se cuidadas pecocemente, como gripe ou rinite, por exemplo, ou sinusite, bronquite, asma, tuberculose e mesmo a COVID.

“A atenção aos problemas respiratórios deve ser permanente e vale um alerta ao período de inverno, quando se registra aumento de casos em todo sistema de saúde”, diz o médico. Ele exlica que essas doenças podem afetar todas as estruturas do sistema respiratório humano como a boca e o nariz, pulmão, faringe, laringe e traqueia, e ressalta que a atenção deve ser redobrada em pacientes com comorbidades, crianças e idosos. “É importante ressaltar que doença respiratória compromete a qualidade de vida, pode se agravar rapidamente e exigir tratamentos mais severos e internações, são transmissíveis e os cuidados de sempre são higiene das mãos e mesmo o uso de máscaras, além das vacinas que são imprescindíveis”.

*Pesquisa na íntegra e dados da evolução SARG no site www.sindhosp.org.br

*O SindHosp é o maior sindicato empresarial da área de saúde do país com 51 mil associados e o mais antigo, fundado em 1938.

Sair da versão mobile