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Congresso Brasileiro de Hansenologia em Vitória recebe organizações sociais

Organizações brasileiras e estrangeiras que atuam diretamente junto a pessoas afetadas pela hanseníase, pacientes ou familiares, estarão presentes no 16º Congresso Brasileiro de Hansenologia, que acontece de 7 a 10/12, em Vitória/ES. A abertura à participação das organizações é tradicional no evento e objetiva incrementar os debates entre os grupos que atuam junto às questões sociais e os profissionais de saúde que atuam em atendimento, pesquisa, educação e desenvolvimento de políticas de enfrentamento à hanseníase.

O congresso é organizado pela Sociedade Brasileira de Hansenologia (SBH), uma das sociedades científicas mais antigas do Brasil, com 74 anos de vida, e tem apoio do Ministério da Saúde, do CNPQ-Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico e da OPAS-Organização Pan-Americana da Saúde.

Conheça as entidades sociais que estarão presentes no congresso:

NHR https://www.nhrbrasil.org.br/
Organização social sem fins lucrativos que atua no enfrentamento da hanseníase no Brasil desde 1994, tendo beneficiado desde então mais de 102 mil pessoas. Em parceria com órgãos de governo, universidades, movimentos sociais e outras organizações, promove e apoia iniciativas para detecção precoce, prevenção de incapacidades, reabilitação física e psicossocial, redução do estigma, inclusão socioeconômica e assessoramento para garantia de direitos das pessoas acometidas. A entidade faz parte da holandesa NLR Alliance e preside a Federação Internacional de Associações de Combate à Hanseníase (ILEP) no Brasil.

Fundação Paulista contra a Hanseníase https://www.fundacaohanseniase.org.br/Fundada em 1934, tem como objetivo o incentivo à pesquisa científica e a assistência social, com ênfase na reabilitação física e social dos doentes e familiares.  Além do financiamento em pesquisas científicas, contribui com a publicação de livros, teses e artigos científicos. Atua nos antigos hospitais-colônia, procurando melhorar a qualidade de vida dos asilados. Em conjunto com o Instituto Lauro de Souza Lima e Secretaria de Estado da Saúde, contribui para o treinamento de recursos humanos nas áreas médica, enfermagem, educação em saúde e reabilitação física e social dos doentes e familiares. Para isso, a Fundação conta em seus quadros com fisiatra, fisioterapeuta, terapeuta ocupacional e assistente social que, após avaliação clínica de pacientes, vem fornecendo calçados, palmilhas, órteses, próteses, adaptação de objetos para ganho de autonomia e orientação sobre auto cuidado. Também vem estimulando a inclusão social e financiando cursos profissionalizantes para os doentes.

Morhan http://www.morhan.org.br/Movimento de Reintegração das Pessoas Atingidas pela Hanseníase é um movimento social sem fins lucrativos fundado em 1981. Desenvolve ações de conscientização da sociedade sobre a hanseníase com foco na construção de políticas públicas eficazes para a população, na reparação dos direitos das pessoas e filhos que foram isolados compulsoriamente pelas políticas de segregação higienistas brasileiras que perduraram até os anos 1980 e foram reconhecidas pela ONU como grave violação dos direitos dessas famílias, e na preservação dos patrimônios históricos da memória sensível – as antigas colônias de hanseníase do país. O Morhan luta pela garantia e respeito aos Direitos Humanos das pessoas atingidas pela doença, incluindo familiares, e tem no voluntariado sua maior força de luta. O movimento está hoje presente em mais de 200 municípios brasileiros, com 72 núcleos e conta com mais de 3 mil voluntários nacionais e internacionais.

Aliança contra a Hanseníase https://www.allianceagainstleprosy.org/
Associação sem fins lucrativos fundada em 2018, une ciência, educação e filantropia no combate à hanseníase, com objetivo de auxiliar na qualificação de profissionais de saúde para que possam diagnosticar e tratar a doença de forma ética e comprometida com a população afetada. As ações filantrópicas reúnem parcerias com poder público, iniciativa privada, terceiro setor e campo científico, dando suporte a pesquisadores, atua também na difusão de informações de qualidade, combatendo a patologia e incentivando o diagnóstico precoce para assistência à população afetada pela doença.

DAHW https://www.dahw.org.br/
Organização não-governamental fundada em 1957 na Alemanha, com atuação em vários países. Está presente no Brasil desde 1958 e trabalha diretamente com a pessoa acometida por hanseníase, tuberculose e outras doenças negligenciadas. No Brasil, já desenvolveu mais de 200 projetos na área da saúde, valorizando o profissional que presta serviços na área. O Congresso da SBH marca o fim das atividades da DAHW no Brasil – a entidade passa a concentrar atividades nos países africanos a partir de agora.

REUNA-HANS
A Rede Universitária Nacional de Combate à Hanseníase é o maior grupo de universitários sensibilizados com o tema hanseníase. Participam também profissionais de saúde de várias especialidades como médicos, enfermeiros, fisioterapeutas, terapeutas ocupacionais, psicólogos, profissionais de serviço social, farmacêuticos, dentistas, biomédicos, biólogos, estudantes, pesquisadores, docentes, educadores sociais, além de pessoas engajadas em entidades e movimentos sociais. A rede foi criada em 2015 e reúne mais de 3.000 voluntários no Brasil, funciona por meio de grupos de mensagens instantâneas, participação em atividades científicas em relação ao tema e está presente em todos os estados brasileiros, instituindo-se com redes regionais, municipais e micro-redes em universidades. A rede tem como objetivos: capilarizar o conhecimento da hanseníase nas instituições de ensino superior da área da saúde; aproximar e divulgar ações e pesquisas de professores/pesquisadores na temática; estimular o cuidado integral às pessoas acometidas pela doença, inclusive após a alta medicamentosa; contribuir de forma efetiva com a eliminação da doença no Brasil, seja apoiando o controle social e ou emitindo pareceres técnicos às instâncias do Ministério da Saúde, secretarias estaduais e municipais de saúde, e promover integração entre as universidades, docentes, discentes, sociedades, conselhos profissionais e movimentos sociais, numa perspectiva intersetorial e para além da área de saúde.

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