“Avanços e desafios após 150 anos da descoberta do bacilo de Hansen” é o tema do maior evento brasileiro que discute o problema da hanseníase no Brasil e no mundo. O 17º Congresso Brasileiro de Hansenologia, realizado pela SBH-Sociedade Brasileira de Hansenologia, acontece de 17 a 23 de setembro, e reunirá os maiores especialistas brasileiros e estrangeiros em 118 horas de atividades.
Este é um dos maiores encontros já realizados pela entidade. Serão mais de 60 palestrantes, 11 mesas-redondas, além de cursos e reuniões para debater diagnóstico, tratamentos, pesquisas, história, políticas públicas, educação e direitos humanos.
O congresso da SBH recebe médicos, pesquisadores, historiadores, estudantes, representantes de governos municipais e estaduais, Ministério da Saúde, ONGs, movimentos sociais, organizações de direitos humanos e pessoas que atuam diretamente no acolhimento de pacientes, ex-pacientes e familiares que sofrem com o estigma que ainda paira sobre a doença.
O 17º Congresso Brasileiro de Hansenologia é uma edição especial dos congressos da Sociedade Brasileira de Hansenologia e este ano discutiremos os avanços e desafios após 150 anos da descoberta do agente infeccioso, o Mycobacterium leprae, causador da hanseníase. Após um século e meio da descoberta que mudou o entendimento sobre as doenças infecciosas, como diagnosticá-las e trata-las, as ferramentas diagnósticas evoluíram, mas a doença hanseníase ainda permanece como um problema de saúde pública em alguns países, incluindo o Brasil, onde alguns estados destacam-se seja pelo possível silêncio epidemiológico ou pela hiperendemicidade”, diz Marco Andrey Cipriani Frade, presidente da SBH e do congresso.
O Brasil é o segundo país em número de casos – perde para a Índia – e já é o primeiro no mundo em taxa de detecção (percentual de novos casos diagnosticados a cada grupo de 10.000 habitantes). “Estamos falando de uma doença que tem tratamento gratuito, tem cura, mas o Brasil é penalizado por um cenário de hiperendemicidade para a hanseníase, onde os diagnósticos ainda são tardios, quando pacientes já estão sequelados, sem contar a endemia oculta, ou seja, os milhares de doentes padecendo e que ainda não foram enxergados, diagnosticados e tratados”, comenta o presidente da SBH.
O congresso é o encontro de todos os agentes – de estudantes, pesquisadores, gestores, ongs e voluntários – que debaterão caminhos para o controle da doença.
AGENDA
17º Congresso Brasileiro de Hansenologia
Data: 17 a 23/09
Local: Deville Hotel – Cuiabá MT
Informações: www.sbhansenologia.com.br